‘Turista 4.0 – Impactos e desafios no futuro da hotelaria’ foi o tema que o Programa Hotel 4.0 trouxe ao espaço GNRATION, em Braga, no dia 9 de março. O aporte da digitalização na hotelaria, desta feita com o foco no consumidor, veio reforçar a que a componente relacional/ humana na hotelaria deverá dar um salto qualitativo com todo o potencial de empoderamento que a tecnologia oferece. Este foi o terceiro workshop da iniciativa promovida pela AHRESP, desta vez em colaboração com a Câmara Municipal de Braga, cofinanciada pelo Portugal 2020, através do Programa Compete 2020, e pela União Europeia através do FEDER. Próxima paragem do roadshow Hotel 4.0:
Évora, em abril. Um mês antes do grande evento final, previsto para 11 de maio.

Com o objetivo de definir uma nova estratégia de qualificação para a hotelaria nacional suportada no conceito de Hotel 4.0, como um processo inovador de acrescentar valor, digitalizado, integrado, multidisciplinar e personalizado, teve lugar o terceiro workshop Hotel 4.0 Talks, integrado no roadshow da iniciativa.

O tema deste workshop foi o ‘Turista 4.0 – Impactos e desafios para o futuro da hotelaria’, onde um painel de especialistas lançou as luzes sobre como a procura de um consumidor cada vez mais focado na digitalização desafia a hotelaria a responder de forma mais personalizada, com uma oferta à medida e uma componente mais emocional.

Na sessão de abertura, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, destacou que o turismo continuará a ser um setor “absolutamente estratégico para o concelho de Braga, uma fonte de rendimento muito importante para empresas e cidadão”. O edil lembrou que, entre 2013 e 2019, Braga mais do que triplicou o número de dormidas, tornando-se uma cidade “mais visível e atrativa”. E é esse o caminho conjunto que todos os agentes da atividade do turismo deverão continuar a percorrer “para reatar o ciclo exponencial de crescimento que vivíamos em 2019, pese embora os dois anos de pandemia e a guerra na Ucrânia, que terá consequências diretas no setor”, frisou Ricardo Rio. Para o Vice-presidente da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte, Inácio Ribeiro, também presente na abertura da sessão, transmitida online pelo jornal Correio do Minho e rádio Antena Minho (que pode ver na íntegra AQUI), o turismo terá “mais um ou dois anos para recuperar os números de 2019, se considerarmos que a atual turbulência provocada pela invasão da Ucrânia não venha a afetar de forma significativa este setor”.

↘ UNIDADES DE ALOJAMENTO AINDA TÊM UM CAMINHO A PROMOVER NA TRANSIÇÃO DIGITAL

Apresentando em primeira mão os dados preliminares do ‘Estudo do Estado da Arte e Visão Prospetiva da Hotelaria portuguesa’, Luís Ferreira, da Birds & Trees, parceira do Hotel 4.0, revelou que mais de 80% das empresas, que responderam ao inquérito promovido pela AHRESP, investem menos de 12 mil euros por ano em equipamentos, software e serviços digitais.

Se é verdade que a hotelaria foi um dos primeiros setores a avançar para terreno digital, é certo que hoje tem dificuldade de priorização em relação às ferramentas digitais em que deve apostar. “A transição digital é vital para a sobrevivência das empresas independentes, a maioria das mais de 200 que participaram no inquérito”, assegurou o parceiro da AHRESP, adiantando que, durante 2022, cerca de três quartos das empresas preveem manter o mesmo nível de investimento em tecnologias digitais.

Questionadas sobre as ferramentas digitais mais utilizadas, as empresas hoteleiras apontaram o website, a loja online e as redes sociais, alegando Luís Ferreira que “o marketing digital é muito mais” do que isso. Constatou que o ‘chatbot’ ou a ‘smart room tech’ são ferramentas pouco utilizadas, sendo que as mesmas podem “melhorar a experiência dos hóspedes e a competitividade do negócio”. A banda larga de internet e wi-fi são os serviços base da oferta digital da hotelaria, constatando o coordenador do estudo encomendado pela AHRESP que os mesmos correspondem “ao momento zero da digitalização”. Para o responsável da Birds & Trees, o grande desafio da aceleração digital para o setor hoteleiro em Portugal é responder à questão: “Como é que num negócio de relação humana podemos aportar mais força e competitividade através da digitalização?”. Saiba mais sobre a visão do Hotel 4.0 na caixa “O Hotel 4.0 – a (r)evolução da hotelaria na era digital”.

Descarregue AQUI o Manual de Negócios Hotel 4.0

 

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No próximo dia 11 de Maio venha ao Porto à conferência Hotel 4.0.

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