Roadshow Hotel 4.0

A tecnologia é um meio para simplificar processos, mas o ativo principal são as pessoas

A AHRESP reuniu no dia 19 de Outubro na Loja Comur, em Coimbra, um conjunto de empresários e especialistas para discutir os desafios da transição digital para as empresas hoteleiras, no âmbito do Hotel 4.0. Este projeto, cofinanciado pelo Portugal 2020, através do Programa Compete 2020, e pela União Europeia através do FEDER, visa apoiar a transformação digital da hotelaria. Com uma estratégia coletiva inovadora, pretende-se criar valor pela utilização de novos modelos e processos de negócio, suportados na transformação digital, aumentar a competitividade e o acesso a novos segmentos e mercados internacionais.

A transição digital como fator de sustentabilidade no turismo foi o mote da segunda Talk do roadshow hotel 4.0 realizada pela primeira vez presencialmente. A Loja da Comur, na Baixa de Coimbra acolheu um painel diverso de protagonistas do turismo e da hotelaria, onde a metáfora do comboio da transição digital surgiu em praticamente todas as intervenções, que a AHRESP coloca em destaque nesta edição.

Num País com um tecido empresarial predominantemente composto por microempresas, os especialistas entenderam que as oportunidades de crescimento convergem para uma procura marcada por experiências muito individualizadas, mais longe do turismo de massas. Portugal tem no turismo importante ativo estratégico, mas tem também um caminho a percorrer neste comboio da transição digital para ser mais competitivo, logo mais sustentável.

Num debate mediado pelo jornalista Miguel Midões, a sessão que contou com Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal, e Pedro Machado do Turismo do Centro de Portugal, transmitiu um sinal de esperança para a recuperação do turismo nos próximos anos e a ideia geral que a digitalização é aliada crucial e necessária para a consolidação e expansão da recuperação que parece vislumbrar-se.

A transição digital deve ser vista como um meio de melhorar a experiência do cliente e não um fim em si própria, não prejudicando assim o fator mais importante de cada empresa: as pessoas.